Os agrônomos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), voltados à pesquisa e preservação do Cerrado, Josefino de Freitas Fialho e Eduardo Alano Vieira, visitaram recentemente a Unidade de Observação (UO) de mandioca de mesa instalada pela Agência Goiana de Pesquisa Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) na Fazenda Patú, em Águas Lindas de Goiás.

Com a finalidade de aumentar a produtividade dos agricultores do município de Águas Lindas, agrônomos ligados à Emater apresentaram novas variedades para teste. Eles implantaram na Fazenda Patú, um grande observatório de experimentação de espécies que mais se adequa com o clima e o solo da região. Na oportunidade, foram plantadas seis novas variedades de mandioca com o intuito de observar qual delas se adapta melhor à região para que possam ser distribuídas futuramente aos produtores locais.

O responsável pela Unidade Local da Emater em Águas Lindas de Goiás, Daniel Pereira dos Santos, afirma que os técnicos procuraram a Agência após o Dia de Campo da Cultura de Mandioca de Mesa, realizado no último mês de junho, que reuniu cerca de 200 produtores rurais. As seis novas variedades plantadas são as BRS 396, BRS 397, BRS 398, BRS 399, BRS 400 e BRS 401 e serão avaliadas por um ano.

Daniel Santos disse que duas variedades de mandioca já estavam em observação são a BRS 753/ IAC 756-70, conhecida como Japonesinha, e a BRS Moura, conhecida como Folha Fina. “Desde quando as duas cultivares em observação foram plantadas, elas já proporcionaram um aumento de produtividade de cerca de 30% e uma produção de 36 a 40 toneladas por hectare plantado”, disse Daniel.

Um dos proprietários da Fazenda Patú, o produtor Pablo Fabrício Castro de Oliveira contabiliza que a rentabilidade da mandioca de mesa é maior que a de soja, que ele também cultiva, e até 10 vezes maior que a da mandioca industrial. “Atualmente planto 12 hectares de mandioca. A pretensão é fechar o ano com 16 hectares”, afirma o produtor. Sobre as novas variedades apresentadas pelos agrônomos da Embrapa, Pablo diz ter boas expectativas em relação às possíveis vantagens. “Os novos tipos plantados podem trazer uma produtividade de até 78 toneladas por hectare ou ter mais betacaroteno. Agora é aguardar para ver qual deles se adapta melhor à região”, conclui.